segunda-feira, 25 de junho de 2007

Cap. 1: O Retorno do Diário (Parte 1)

Nossa! Faz muito tempo que eu não escrevo desde que perdi meu diário na casa do Senhor William. E muito tempo se passou, quase dois anos. Muitas coisas aconteceram, a filha do Senhor Melgard, aquele que designou uma missão para nosso grupo, nos acompanhou e nos manipulou, pois na verdade ela era uma fiel serva da Lady dos Pesadelos.

O Grupo está maior e com alguns novos integrantes. Além do Senhor Eldred que já estava no grupo, o Senhor Nagaika, o Senhor Jabéz e o Razel entraram também. Recentemente se juntaram ao grupo o Senhor Gregor e o pequenino Little Bell. Mas já tivemos algumas baixas, como a do Senhor Hottigarth, do Senhor Billie Joe, do Senhor Mordek e do Senhor Melgard.

A filha do Senhor Melgard nos manipulou atrás do Colar de Neirute, mas um necromante o tomou de nossas mãos e fomos atrás dele. Chegando lá, descobrimos que a filha de Melgard queria o item para a Lady do Pesadelos. Em um ritual que o necromante estava fazendo, ela destriu um dos totens, criando um vórtex, sugando o Senhor Halherimm, o necromante e a própria Illana. Então voltamos para Vectora desolados pela perda de nosso importante amigo. Mas ele ainda deve estar vivo por aí.

Resumindo o que ocorreu nesses últimos dois anos, vamos falar de coisas mais recentes. Nossas batalhas durante esse tempo nos renderam vários itens, então fomos vender no melhor lugar que há para se vender. Vectora!

O Senhor Eldred não gosta muito da idéia de entrar na cidade flutuante, então ele, seu lobo e o Razel ficaram apenas acompanhando a cidade, em baixo. Lá em cima, Eu e o Senhor Jabéz fomos vender algumas coisas, enquanto o Senhor Nagaika foi cuidar das coisas dele.

Quando estávamos passando pelas ruas, vi um gênio vendendo itens, fiquei meio estressado por ele ter me passado a perna uma vez. Seguindo a procura, avistei um guarda e fui pedir informação. Ele me reconheceu por causa da prisão dos Tribais Negros, e então me indicou uma loja de armas. Ao chegar lá, conseguimos vender o que queríamos por um bom preço e fizemos algumas encomendas. Então passamos numa filial da Satriani que vendia instrumentos musicais, ao chegar lá, para a minha surpresa estava lá, Senhor Richard Satriani:
- Por onde você andou?! Você passou quase dois anos fora! Eu só mandei você entregar uma carta! Me dê um bom motivo para não te enforcar agora! – Falou ele meio alterado. Mas dava pra ver um traço de felicidade no rosto daquele velho sacana.

- Eu me juntei a um grupo de aventureiros, esse aqui é o Senhor Jabéz, um dos integrantes do grupo.

- Grupo de aventureiros?! AAHH!! Você sabe o quanto é perigoso estar num grupo de aventureiros! Você poderia ter morrido! – Falou o Senhor Richard com um tom muito preocupado.

- Mas eu não morri Senhor Richard! Mas ele já. – Falei apontando pro Senhor Jabéz que já foi inúmeras vezes ressuscitado pelo Senhor Eldred.

- Você vai voltar para Collen comigo! Você tem que voltar a estudar!

- Perdão Senhor Richard, mas eu não poderei ir. Tenho que ajudar meus amigos.

- Mas você só tem aprovação do básico no nosso conservatório, acha que com isso vai ajudar um grupo de aventureiros cujo um dos membros nem toca o chão? – Falou ele olhando torto para o Senhor Jabéz.

- O senhor já ouviu falar do bardo Morpheu?

- Sim, claro, o dominador da canção primordial.

- Encontrei com o filho dele nos portões do inferno. Ele me ensinou a canção primordial depois de fazer eu e meu grupo libertarmos a alma da mulher dele que tava presa numa muralha.

- Nos portões do inferno? – Perguntou o Senhor Richard num tom de curiosidade misturado com desconfiança.

- Sim, mas tinha um gigante lá, aí ele saiu matando todo mundo do grupo e...

- Se mataram todo mundo como foi que você saiu vivo?! – Me interrompeu o Senhor Richard.

- Sobrou eu, o Senhor Eldred e o seu lobo. Então astutamente eu usei a minha mais poderosa magia e consegui derrotar o gigante.

- Qual magia você usou?

- Aquela que a pessoa grita tão forte que o oponente se atordoa e sofre danos sônicos.

- Aquele lixo?! – Pergunta o Senhor Richard num tom sarcástico.

- Lixo que derrubou um gigante seu velho gagá! – Falei com raiva bastante raiva da observação.

- Então, me mostre o que você sabe sobre a música primordial. – Falou Senhor Richard.

Me dirigi para fora da loja, toquei a primeira canção primordial, e no final dela, lancei um cone de fogo em direção aos céus.

- Nada mal Elenor... – Falou Senhor Richard fazendo cara de quem gostou do que viu.

- O nosso amigo contador de histórias é muito forte e útil senhor. – Falou o Senhor Jabéz só observando a conversa.

- Lhe proponho um desafio. Se você ganhar de mim, eu deixo você partir com seu grupo. Se você perder, você volta comigo. – Falou Senhor Richard num tom desafiador.

- Não é de meu interesse. Que tal se eu ganhar, eu fico com toda a sua loja?

- Toda? Seu moleque ousado! Toda a loja não, mas eu te darei o melhor instrumento dela.

- Fechado.

Então tomei o bandolim e comecei a tocar. Que vergonha. Eu me tremia tanto que meus dedos erravam os tons. Senhor Richard olhou pra mim com uma cara de desgosto. Retomei o fôlego e recomecei a canção. Bati tão forte na corda que ela se partiu.

- Que ridículo Elenor! E eu aqui pensando que você tinha virado um bardo decente!

- Cala a boca, velho! Isso sempre acontece quando eu tenho que mostrar o quanto eu sou bom...

- Então tome o meu bandolim. Se você provar que é bom tocando nele eu deixo você partir com seu grupo.

Peguei o bandolim do Senhor Richard. Então comecei a tocar uma canção, porém ela esta saindo muito ruim, então apelei para minha habilidade de tocar duas canções ao mesmo tempo e sobrepus uma nova canção que saiu finalmente boa.

- É moleque... Você provou o seu valou apesar desse tremelique todo. Pode partir. – Falou ele tomando o bandolim da minha mão.

- Obrigado Senhor Richard, mas... Meu instrumento?

- Que instrumento?

- O melhor da loja oras! Você que disse que iria me dar.

- Lhe daria se você ganhasse de mim como você não ganhou... Eu que tive pena e deixei você ir com seus amigos.

- Velho Sacana!!!

- Mas enfim, ele ainda está à venda. – Falou ele rindo sarcasticamente.

- Eu só quero dois bandolins iguais a esse meu. E um encordoamento novo, por favor.

Então depois das compras, um homem com uma armadura que possuía o símbolo de Thyatis nela, se aproximou:

- Senhor Jabéz? – Falou o homem.

- Pois não? – Falou o Senhor Jabéz sem reconhecer o indivíduo.

- Eu sou Gregor, um paladino de Thyatis e esse é meu companheiro Little Bell. Nós viemos aqui pedir a sua ajuda. Um clérigo de prestígio está sumido e a última vez que ele foi visto, ele estava num vilarejo aqui perto que está sendo atacado por um dragão verde.

- Sim... – Falou o Senhor Jabéz querendo saber o que ele tinha a ver com aquilo.

- Como você sabe, - Continuou o homem – Nós paladinos de Thyatis temos o dom da clarividência, e em meus sonhos eu pude ver um homem que não tocava o chão cumprindo a missão.

- Sim... Sei...

Resolvemos aceitar ajudar o homem e ficamos mais um tempo na cidade. Visitei Argor, vê se ele tinha alguma ajuda a oferecer, mas o melhor que ele pôde a oferecer foi um jantar para o nosso grupo.

Saímos de Vectora e o Senhor Eldred, o lobo e o Senhor Razel estavam já a nossa espera. Apresentamos Gregor e Little Bell para eles e seguimos para o vilarejo. A viagem seguiu tranqüila, ia anoitecendo e a lua cheia ia surgindo. Montamos acampamento e descansamos. Gregor ficou com o primeiro turno.

Então somos acordados por uivos. Wolf, lobo do Senhor Eldred, nos alertou de que não eram lobos (Pois é, além de falar, ele é do tamanho de um cavalo). Ficamos a postos, então peguei meu bandolim e através de uma magia, manipulei outro bandolim. Foi aí que as aberrações foram aparecendo. Eram bípedes, num grupo de uns dez ou mais. Lobisomens.

Sem esperar muito, toquei o Hino da perda gélida, uma canção em cada bandolim, então deles, partiram um tiro de energia azul que atingiram dois dos lobisomens que caíram para trás transformando-se novamente em homens. O Senhor Nagaika acertou uma pedrada em um deles, mas só fez o deixar mais furioso.

- Abaixem-se! – Gritou o Senhor Jabéz. Todos se abaixaram e então ele deferiu um golpe giratório com uma espada de grande alcance e acertou vários lobisomens, deixando assim apenas dois deles. Um correu em minha direção, mas correu tanto que passou direto e caiu na frente do Wolf. Eu nem olhei pra ver o que ia acontecer com o coitado. O que sobrou correu em pânico.

Então o paladino Gregor enterrou os corpos dos que ficaram, mas três estavam apenas desacordados. Então suas maldições foram retiradas e blá blá blá, enfim, coisa de paladino. Eu fui dormir nesse momento e tudo ocorreu bem.

Ao amanhecer, seguimos viagem para o vilarejo. Fomos mal recebidos, as pessoas nos chamavam de bruxos, e já iam tomando uma posição hostil, foi preciso que eu tocasse para que as pessoas se acalmassem. O vilarejo estava bastante danificado, pedi ajuda de Spike (Meu dragão de estimação. Na verdade é um artefato que se transforma num dragão, e ele é bem novo ainda, mas são meros detalhes). Ele falou que os danos foram feitos através de gás cloro. Assustados, os moradores começaram a dizer que Spike era cria do dragão que havia atacado o vilarejo e eu tive que fazê-lo voltar a ser estátua.

Pegamos algumas informações e seguimos para o covil do dragão que ficava num rio. Foi um caminho tranqüilo. Ao chegar lá, fomos surpreendidos com o dragão saindo da água rapidamente e soltando uma baforada forte de um gás esverdeado em nosso grupo. Alguns conseguiram desviar, mas eu não. Queimava pra cacete! Então eu peguei um de meus bandolins e toquei novamente o Hino da perda gélida que acertou o dragão que ficou furioso. Então ele deu um rasante e me abocanhou. Foi quando, já fraco da baforada, caí desacordado e não lembro de mais nada.

Aviso inicial

Enfim pessoas, voltei a relatar a aventura de Tormenta mestrada pelo Hugo e pelo Marden. Aí tão uns relatos vistos pelo personagem Elenor, o bardo do grupo que escreve todos os dias em seu diário as incríveis aventuras de seu grupo. Pra quem acompanhou o início do diário vai notar um espaço incrível, pois, fazem quase dois anos desde que a última aventura foi relatada. Mas está aí de volta pra quem quiser acompanhar. Abraços \o